No passado dia 25 de fevereiro, os alunos do 12º CP dos cursos Técnico de Design de Equipamento e Técnico de Comunicação e Serviço Digital realizaram uma visita ao edifício da Junta de Freguesia de Santa Marinha, localizada nas imediações do IAI.
Esta visita, inserida no âmbito do tema-problema “A região e o espaço nacional” da disciplina Área de Integração, tinha como principal objetivo proporcionar aos alunos uma compreensão empírica do trabalho quotidiano de uma junta de freguesia como instituição política, administrativa e agente de proximidade. Embora as juntas de freguesia respondam hierarquicamente aos municípios e ao governo, possuem, no entanto, uma autonomia fundamental no apoio aos fregueses em situação de vulnerabilidade.
Durante a visita, os alunos tiveram a oportunidade de dialogar e colocar questões à Dr.ª Joana Nogueira, Tesoureira e responsável pelo pelouro da Educação e Escolas, assim como ao Dr.º Mário Jorge Rodrigues Santos, Presidente da Assembleia de Freguesia. Os estudantes puderam, ainda, explorar as especificidades do edifício, uma antiga escola primária conhecida como “As Palhacinhas”. Numa das salas preservadas, tiveram a oportunidade de conhecer o modelo de ensino do Estado Novo, caracterizado pela sua rigidez, culto ao Estado e veneração das suas figuras emblemáticas, além da influência da religião católica, que era predominante nas salas de aula da época. Para além desta sala que proporciona uma viagem no tempo, o acervo literário da junta é igualmente rico, incluindo dois missais datados do século XVIII.
Entre a rica história do edifício e a realidade atual, marcada pelas funções administrativas e políticas destas entidades locais, os alunos puderam entrar em contacto com as diversas funções da junta, abrangendo tanto a vertente burocrática quanto a ação social, que diariamente auxilia várias famílias sinalizadas.
Para concluir, os alunos assumiram os lugares dos membros do executivo, vivenciando de forma mais concreta e objetiva a experiência de compreender o poder local como uma política de proximidade, que se concretiza mais no terreno do que no gabinete.
